O Brasil passou por um dos momentos mais desastrosos de sua história, caracterizado pelo desrespeito à vida, à democracia, à equidade social e às diferenças. Nesse contexto, a Universidade Pública brasileira foi alvo de inúmeros ataques; mais do que isto: os governistas colocaram-se numa posição contra a ciência, o conhecimento e a informação.  Às Ciências Humanas, o ataque foi intenso.

Agravando este contexto, enfrentamos uma pandemia que ceifou vidas e evidenciou ainda mais a brutal desigualdade de nosso país. Na universidade, isso não foi diferente: as instituições viram-se devastadas e ameaçadas; a vida acadêmica foi esvaziada e desarticulada. Tivemos que transformar as nossas atividades e nossa vida cotidiana.

Agora, é tempo de reconstrução do papel e da centralidade da universidade num projeto de desenvolvimento nacional. É preciso, neste contexto, reafirmar a necessária vinculação do Centro de Filosofia e Ciências Humanas às questões sociais, políticas e culturais do país. A direção do centro não pode ser apenas uma zeladoria e um lugar de despacho de processos.

Nos últimos anos, enfrentamos problemas graves no CFH, alguns, ligados à conjuntura acima descrita e outros relacionados à forma de gestão realizada até então. O processo democrático e a saúde mental nas instituições dependem também da alternância de grupos de administração e gestão, algo que não tem sido possível nos últimos anos no CFH.

É tempo de lutar pela revalorização da universidade, é tempo de enfrentar os desafios e buscar melhores condições de trabalho, ampliar políticas de permanência e de inclusão. É tempo de enfrentar com coragem e firmeza o ódio, a intolerância, o racismo, as violências de gênero, a injustiça e o desrespeito.

O debate sobre uma sociedade inclusiva, republicana e democrática passa por um CFH inclusivo, transparente e democrático.

É fundamental uma direção de centro que se mostre ativa na defesa destes princípios, que participe e lute nas instâncias superiores da UFSC e na sociedade catarinense, colocando-se em defesa da democracia, da inclusão, do respeito às diferenças e de uma nova relação da humanidade entre si e entre ela e o planeta.

É preciso uma direção que seja comprometida com mecanismos democráticos de gestão, que crie canais amplos de manifestação e deliberação de todas, todos e todes que trabalham e estudam no CFH.

É possível e necessário mudar.

Professoras, professores, estudantes, técnicos e técnicas precisam se manifestar nesse momento de indicação da nova direção, mas também no cotidiano do nosso centro.

Por isso defendemos a Chapa

CHAPA 1 – CFH INCLUSIVO, TRANSPARENTE E DEMOCRÁTICO, representados pela candidatura à Direção e Vice, respectivamente:

Magda do Canto Zurba (Professora do Departamento de Psicologia/Coordenadora do Curso de Psicologia)

Rodrigo da Rosa Bordignon (Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política/Coordenador do Curso de Ciências Sociais).